Vida social activa

A chave para uma mente sã na velhice poderá ser uma vida social activa, como sugere um estudo recente.

“Se uma pessoa é socialmente activa, corre menor risco de demência”, assegura a Dra. Valerie C Crooks, investigadora do Departamento de Investigação e Avaliação do Kaiser Permanent Southern Califórnia.

Durante o seu estudo, que seguiu mais de duas mil mulheres com mais de 78 anos, durante quatro anos, as que tinham redes sociais reduziram o seu risco de contrair demência, em 26%.

Estudo anteriores, sobre a relação entre a participação social com familiares e amigos e o funcionamento cognitivo na idade avançada, obtiveram resultados mistos, assinalou Crooks. Por exemplo: “houve estudos que afirmavam que estar casado era útil e estudos que diziam que estar casado não ajudava tanto.”

Para este novo estudo, publicado na edição de Julho da revista American Journal of Public Health, Crooks e seus colegas levaram a cabo entrevistas telefónicas com as mulheres que eram membros da Kaiser Permanent HMO. Elas não apresentavam demência quando, em 2001, o estudo foi iniciado.

A equipa avaliou o estudo de cada mulher pelo telefone e também reviu os seus expedientes médicos para ajudar a avaliá-las. Também perguntavam sobre as interacções sociais com o cônjuge e ou outros familiares e amigos, inclusive com quantas pessoas interagiam e com que frequência.

A equipa de Crooks também perguntou a essas mulheres em quantas pessoas sentiam que podiam confiar se necessitassem de ajuda e se tivessem uma ou mais pessoas com quem pudessem falar sobre os seus problemas pessoais.

As que tinham redes sociais mais amplas também mostravam uma redução no risco da demência, cuja forma mais comum é a doença de Alzheimer.

“Neste estudo, concluímos que o matrimónio não apresenta uma diferença enquanto risco de demência.” Por outras palavras, o que protegeu foi uma rede social, independentemente de se a mulher era ou não casada.”

“As que tinham contacto diário ou mais frequente corriam menor risco de demência.” O contacto não tinha que ser cara a cara; a interacção por correio electrónico e telefone também contava.”