Placas de Alzheimer

Um estudo post-morten de pacientes com doença de Alzheimer demonstrou que aqueles que também tinham diabetes e tinham sido tratados com insulina e fármacos para reduzir a glicose, apresentavam menor placa neural no cérebro, característica desta forma de demência, que outros diabéticos e que as pessoas sem diabetes.

Em vários estudos, a diabetes tipo II foi identificada como factor de risco da doença de Alzheimer.

O vínculo entre a diabetes e a neuropatologia de Alzheimer, pelo contrário, está menos claro, segundo o artigo publicado na revista médica Neurology.

O presente estudo, realizado pelo Dr. M S Beeri, da Faculdade de Medicina Mount Sinai de Nova Iorque, e colegas, inclui uma análise das placas neurais e óvulos neurofibrilares em amostras cerebrais de pacientes com a doença de Alzheimer.

Os especialistas analisaram 124 sujeitos com diabetes e outros 124 sem a doença metabólica.

O grupo diabético era composto por 29 pacientes que não tinham recebido nunca fármacos para a diabetes, 49 que tinham recebido apenas insulina, 28 tratados com outros agentes que a insulina e 18, com insulina e medicamentos anti-diabéticos orais.

O índice geral das placas neurais, o índice nas diversas regiões do cérebro e a recontagem total das placas diferiam significativamente entre os grupos.

Em todas as análises, o grupo com medicação combinada tinha menos placa que os outros grupos.

Pelo contrário, os autores não encontraram nenhuma diferença significativa nos óvulos neurofibrilares entre os grupos.

Estas descobertas proporcionam evidência de que os pacientes com doença de Alzheimer e diabetes, que recebam a combinação de insulina e medicamentos hipoglicémicos, têm densidades de placa neural no cérebro “substancialmente mais baixas”, concluíram os investigadores.

A equipa indicou que as vias da insulina deveriam considerar-se como potencialmente importantes no desenvolvimento da doença de Alzheimer e no depósito de placas neurais, que caracterizam a doença.