À atenção dos diabéticos

O baixo nível de açucar no sangue aporta o risco de demência para os diabéticos.

 

Os diabéticos de idade mais avançada, cujo nível de açucar no sangue cai para níveis demasiado baixos, correm mais riscos de desenvolver uma demência, segundo informação de cientistas americanos.

 

Um estudo realizado por investigadores de Kaiser Permanente, em Oakland na califórnia, sugere que o controlo agressivo da glicose, que gera níveis de açucar tão baixos como para exigir hospitalização do paciente, eleva os riscos de demência nos mais velhos com diabetes tipo 2.

 

«Sabemos que ter níveis de açucar no sangue demasiado elevados não é bom», assinalou numa entrevista Rachel Whitmer, cientista da Kaiser, que dirigiu a invstigação publicada no journal of the American Medical Association.

 

«É desejável manter o açucar num bom nível, mas não baixá-lo demasiado.»

 

Vários estudos detectaram que a diabetes gera maior risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer, que é a forma mais comum de demência. Outros demonstraram que os diabéticos que recebem insulina e comprimidos para ajudar a controlar a sua doença, correm menos perigo de sofrer de Alzheimer.

 

«O assunto aqui é o equilíbrio no controlo do açucar no sangue».

 

A investigadora manteve que uma série de coisas pode causar uma redução severa no nível de açucar nos diabéticos, mas que a principal é o excesso de insulina, que pode surgir em pessoas que a injectam a hormona e tomam fármacos para aumentar a produção própria do organismo.

 

Whitmer e seus colegas estudaram dados de mais de duas décadas sobre 16.600 pacientes com diabetes tipo 2.

 

A equipa controlou se episódios prévios de baixo nível de alçucar são suficientemente graves para requerer hospitalização se relacionavam com um maior risco de demência.

 

A autora indicou que o estudo oferece mais evidência do que as medidas agressivas para controlar o açucar podem causar danos maiores nos diabéticos mais velhos.

 

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência entre as pessoas mais velhas e afecta á volta de 5,2 milhões de estado-unidenses sofrem de diabetes, segundo a American Diabetes Association.