Senis ou lúcidos

Aos oitenta anos, o cérebro já perdeu 7% do seu peso máximo. Ao envelhecer vai perdendo neurónios, e a acuidade de certos processos de pensamento diminui.

 

A perda de audição e da visão, se não corrigidas, prejudicam ainda mais o funcionamento intelectual.

 

Mas o cérebro compensa o envelhecimento aumentando a capacidade de resolver os problemas pela utilização de conhecimentos e soluções adquiridas anteriormente.

 

A experiência revela-se, então, o melhor professor e é algo que os idosos, sem dúvida, possuem mais que os novos.

 

A senilidade (também conhecida por demência senil), é o nome generico duma grande diversidade de estados com uma diversidade de causas, conhecidas ou desconhecidas.

 

Na maioria dos casos, trata-se dum processo lento e incapacitante que termina em disfunção mental permanente.

 

A senilidade irreversível ocorre em cerca de 15% da população acima dos 65 anos.

 

O primeiro sintoma é a falta de memória, seguida da perda de agilidade, raciocínio e, finalmente, das capacidades de julgamento.

 

Uma pessoa senil tem dificuldades em lidar com o que a rodeia. O agravamento desta situação conduz à apatia: a senilidade acaba por reduzir a vontade ou a capacidade do idoso senil para se lavar, vestir ou alimentar.

 

Neste estado, a pessoa senil requer atenção e vigilância constantes que, na maior parte das vezes, a família não pode dispensar-lhe, porque isto implica uma disponibilidade total e permanente de quem lhe presta os cuidados, e não existe qualquer retribuição, colaboração ou afecto.

 

A doença de Alzheimer é a causa principal da demência irreversível. Por si só é responsável por mais de metade dos casos de senilidade grave acima dos 65 anos.

 

Há muita coisa a fazer por estas pessoas e seus familiares, sobretudo as de mais baixos rendimentos, aquelas em que ninguém já “pega”, porque talvez por serem pobres não possam ou devam merecer o respeito e a consideração devidos a todo o ser humano.