Sinais típicos de Alzheimer

É frequente que o paciente se torne desconfiado, receoso, que esconda as coisas, que pense que o querem roubar ou fazer-lhe mal.


 


Mais adiante pode surgir, embora nem sempre, agressividade, hostilidade para com os familiares e, sobretudo, com o seu par.


 


A insónia ou a mudança de ritmo de sono é um grave problema, podendo o paciente passar as noites levantado e com grande resistência aos medicamentos que possam ser-lhe administrados para dormir.


 


É também típica a desorientação espacial, quer dizer, perder-se facilmente, não saber encontrar o caminho de regresso a casa e, em fases avançadas, perder-se mesmo dentro da própria casa, não sendo capaz de encontrar o quarto ou o WC.


 


O normal na doença é que não haja problemas físicos nem de movimento e que, até próximo da fase final, nos últimos meses ou anos, o paciente continue a ser capaz de andar – sendo característico que passeie para cima e para baixo na casa, durante a noite, sem parar.


 


O final é comum para esta e outras demências. Com o passar dos anos, o paciente perde a mobilidade e fica acamado, tem dificuldades para comer, não entende absolutamente nada e morre em consequência duma complicação, como a pneumonia, infecção urinária…


 


Não se conhecem as causas que originam a doença, conhecendo-se, no entanto, factores de risco:


 


- Idade.


 


- Predisposição genética.


 


Efectivamente identificaram-se nos últimos anos determinados factores genéticos (os denominados genotipos) que conferem á pessoa portadora uma predisposição, por vezes muito elevada, de sofrer da doença, sobretudo se viver o tempo suficiente.


 


Assim, embora alguma pessoa tenha um genotipo de alto risco, se morre precocemente, por exemplo aos 60 anos, não chegará a sofrer da doença. Embora seja certo que ter um familiar em primeiro grau com a doença, pode supor um maior risco de a contrair num futuro, em comparação com a população normal: não se pode considerar que a doença de Alzheimer seja hereditária da forma que geralmente se entende.


 


São muito raros os casos de famílias afectadas duma mutação genética transmissível: nestas condições, a doença é hereditária. Nos demais casos, deve insistir-se em que se herda uma predisposição genética; só isso.