Cuidados aos cuidadores

A doença de Alzheimer é uma doença particularmente devastadora, já que a família do paciente deverá resistir a duas perdas diferentes.

Em primeiro lugar, o desaparecimento da personalidade que conheceram e, finalmente, a morte da pessoa. A pena é vivida duas vezes.

Ninguém deverá resistir só a tal agonia. Poucas doenças afectam tanto um paciente e sua família, ou por um período de tempo tão longo como a doença de Alzheimer.

Tratar das pessoas com doença de Alzheimer durante todo o curso da doença, é esgotante.

Ainda não acabou o prestador de assistência de lidar com uma série de problemas, quando o agravamento do estado do paciente cria problemas novos e mais intratáveis.

Amiúde, os mesmos prestadores de assistência começam a mostrar sinais de transtorno mental ou má saúde. A depressão, empatia, esgotamento, culpa ou ira, podem criar o caos ao indivíduo, normalmente são confrontado com a atenção dum ser querido que sofre da doença de Alzheimer.

Frequentemente, os filhos adultos dão-se conta de que têm de cuidar do pai são, assim como do pai afectado pela doença de Alzheimer, em particular se no casal o cônjuge são dependia em excesso do outro.

Vários livros parecem assumir a posse duma saúde mental e força física quase sobre-humanas por parte dos prestadores de assistência. Raramente é o caso.

O cônjuge que administra atenção é, no geral, ancião, frequentemente frágil.

Os filhos adultos vivem nas suas casas. Formas de abuso, incluindo descuido, ataques físicos ou emocionais e exploração financeira, são comuns com os pacientes que sofrem da doença de Alzheimer.

Embora 96% dos prestadores de assistência realcem a necessidade de ajuda, só 2% das famílias afectadas recebem serviços externos de apoio.

Por isso é urgente a abertura de estruturas que tomem os pacientes com doença de Alzheimer, pelo menos durante o dia, a seu cargo, porque as famílias que recebem orientação e apoio podem ficar tranquilas e descansar durante aquelas horas e, em muitos casos continuar a trabalhar.