A musicoterapia - I

Realizaram-se exames físicos e psicológicos antes e depois duma sessão inicial. Os resultados indicam que para além de oferecerem benefícios notáveis na ansiedade do paciente, o estado de ânimo, a dor e a falta de ar, mais de 80% dos pacientes disse que o seu estado de ânimo tinha melhorado.

Também nas habilidades motoras, expressão facial e a destreza oral tinham melhorado substancialmente.

Ter conhecimentos musicais parece ter importância, e na maioria dos casos, as mulheres e os homens obtiveram benefícios similares da experiência.

Até os membros da família pareciam beneficiar, já que experimentaram melhorias em termos de estado de ânimo, embora não quanto aos níveis da ansiedade.

A equipa de investigação concluiu que esta experiência demonstrou que a música é uma “linguagem universal” que pode ter um impacto positivo em todos os pacientes e seus cuidadores.

Galhager destacou estar satisfeita por ter conseguido demonstrar o que anteriores compilações das suas observações confirmavam.

“Como musicoterapeuta, sempre acreditei no poder da música”. “Mas é magnífico que uma investigação o corrobore.”

Por seu lado, Katherine Puckett, directora nacional da medicina do corpo e da mente dos Centros de tratamento do cancro dos Estados Unidos, do Centro médico de Midwestern Regional em Zion, Illinois, não ficou muito surpreendida com os resultados obtidos.

“Observei que a música reconforta, relaxa, cura, acalma e ajuda os pacientes com dor”, assegurou. “Talvez seja difícil resumir em palavras, porque frequentemente é uma reacção visceral sentida pelas pessoas. Mas a música pode transportar os doentes que podem realmente conectar-se com ela. Pode distraí-los da dor. Pode até ajudá-los a regular a respiração, à medida que ela se sincroniza com a música ou o tempo duma peça musical. E se a música é tranquila e suave, pode ajudar o paciente a tranquilizar-se se estiver ansioso. Portanto, estes resultados estão completamente em linha com a minha experiência.”

(Medlineplus)