A musicoterapia

Pode melhorar o bem-estar dos pacientes gravemente afectados. Um estudo recente fala dos benefícios da própria família.

A musicoterapia pode melhorar drasticamente as condições físicas e mentais dos pacientes que recebam cuidados paliativos. Na doença de Alzheimer, correspondem à fase terminal, na qual as famílias devem considerar na colocação dos pacientes numa instituição adequada.

A equipa de investigação assegura que este é o primeiro estudo para medir e corroborar o potencial da musicoterapia como ajuda física e psicológica em pacientes que enfrentam avançados estados de doença.

“Sabemos, desde há algum tempo, que a musicoterapia pode ser utilizada para uma grande variedade de coisas no cenário médico”, assinalou a autora do estudo, Lisa M Gallagher, musicoterapeuta da Clínica de Cleveland. “Mas este estudo em particular mostra claramente que ajuda a melhorar o estado de ânimo, ao mesmo tempo que reduz a dor, a ansiedade, a depressão e a falta de ar entre doentes gravemente afectados.”

Para avaliar o potencial da musicoterapia entre pacientes dum ampla lista de doenças crónicas avançadas, os autores contaram com perto de dois mil pacientes que lutavam contra vários tipos de cancro, tumores benignos, transtornos da dor, anemia falciforme, aneurisma aórtico, síndrome de Gardner, sida, transtornos neurodegenerativos e outros diagnósticos que “limitam a vida.”

Os pacientes tinham entre 24 e 87 anos, e a média de idade era de mais de 60 anos, à volta de 60% dos pacientes eram mulheres e a equipa de investigação destacou que perto de 30% tinha algum tipo de conhecimento musical.

A musicoterapia envolvia primeiro o paciente na eleição do estilo de música que desejava ouvir, depois Gallagher (ou um estagiário sob a sua supervisão) tocava a música eleita no teclado. A terapia tinha a duração de aproximadamente 25 minutos, durante os quais os familiares dos pacientes também estavam presentes.